Grande Oriente Lusitano - Maçonaria Portuguesa

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Comunicado – 25 de abril 2022

Saúde e Fraternidade!
 
 
Atingimos em 2022 o 48º aniversário do 25 de Abril, data que à primeira vista não mereceria nenhuma nota especial, já que não se trata de um número redondo, como sói dizer-se e celebrar. Há, todavia, um aspecto simbólico que importa ressaltar, sabendo nós, Meu Quer.’. e Resp.’. Irm.’., qual a importância que esse aspecto tem em Maçonaria: este ano o tempo de vivência em democracia equivale ao tempo de vigência em ditadura, o que significa que estamos num momento muito particular, de charneira.

Aqueles que sofreram as agruras de um regime autocrático, cerceador de capacidades individuais e colectivas, defensor apenas dos interesses daquelas pessoas e instituições que pensavam pela cartilha oficial ou a ela se acomodavam oportunisticamente, nunca deixarão de dar valor a esta data fundadora da nossa Democracia, sendo-lhes fácil perceber quais as diferenças abismais existentes entre os dois tipos de regime.

Aqueles que, nascidos depois de 1974, não tiveram o infortúnio de suportar o obscurantismo, o cinzentismo e as perseguições políticas a que os avós e pais estiveram sujeitos, têm às vezes dificuldade em perceber como era o estado de coisas anterior, sendo levados a desvalorizar as extraordinárias alterações positivas que advieram da chamada <<Revolução dos Cravos>>, mesmo que nem todas as expectativas tenham sido realizadas.

É sobretudo a estes que me dirijo e que te peço, Meu Quer.’. e Resp.’.Irm.’., que te dirijas, para esclarecer, com a amabilidade mas também com a veemência que nos são próprias, o que significa a palava Democracia, o que significa viver em Democracia, o que significa poder dizer livremente aquilo que se pensa, o que significa ter um Estado que, por mais deficiente em termos sociais, éticos, económicos e políticos que possa ser, é incomensuravelmente mais perfeito do que qualquer outro que tenhamos conhecido até hoje. E nós, Maçons, e nós membros do G.’.O.’.L.’. – Maç.’. Portuguesa, sabemos tudo isto por experiência própria, estando perfeitamente justificada a nossa intervenção sobre esta matéria: quem sofreu individualmente e colectivamente a perseguição do anterior regime tem o direito e a obrigação de tudo fazer para tornar claro que não aceitará um retrocesso que ponha em causa aqueles valores consubstanciados nas nossas divisas eternas: Solidariedade, Justiça, Verdade, Tolerância, Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Por isto, Meu Quer.’. e Resp.’.Irm.’., exorto-te ao Trabalho em prol da dignidade do ser humano e ao cumprimento do nosso Grande Desígnio enquanto ordem iniciática consciente dos tempos em que deve agir.

Viva o 25 de Abril! Viva a Liberdade! Viva o G.’.O.’.L.’. – Maç.’. Portuguesa!

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Comunicado – 25 de abril 2022