Grão-Mestres
Grão-Mestres
GRANDE ORIENTE LUSITANO (1802 – 1869)
Primeira obediência maçónica portuguesa, constituída em Lisboa, na sequência do acordo com a Grande Loja de Inglaterra, em 12 de maio de 1802. A sua primeira Constituição (“Constituição da Maçonaria em Portugal”) é votada e promulgada em 18 de junho de 1806. Na década de 30, apesar de uma aparente acalmia política na sequência da vitória do Liberalismo, as diversas fações políticas no seio do Grande Oriente Lusitano e o seu caráter altamente politizado vão fomentar diversas cisões internas que contribuíram para a constituição de uma multiplicidade de Obediências maçónicas ao longo do Século XIX.
1804 – 1809
Sebastião José de Sampaio de Melo e Castro Lusignan
1809 – 1810
José Aleixo Falcão de Gamboa Fragoso Vanzeller (interino)
1810 – 1813
Fernando Romão da Costa de Ataíde e Teive de Sousa Coutinho
1815
Fernando Luís Pereira de Sousa Barradas (interino)
1815 – 1817
Gomes Pereira Freire de Andrade e Castro
1820 – 1821
João Vicente Pimentel Maldonado (interino)
1821 – 1823
João da Cunha Souto Maior
1823 – 1839
José da Silva Carvalho
1839 – 1841
Manuel Gonçalves de Miranda
1841 – 1846
António Bernardo da Costa Cabral, 1º Conde de Tomar
1846
João de Deus Antunes Pinto (interino)
Marcelino Máximo de Azevedo e Melo,
Visconde de Oliveira
1847 – 1849
António Bernardo da Costa Cabral, 1º Conde de Tomar
1849 – 1850
Eleutério Francisco Castelo Branco (Interino)
1850 – 1851
José Bernardo da Silva Cabral
A partir da década de 30 do séc. XIX o Grande Oriente Lusitano divide-se em várias obediências maçónicas.
- Obediência constituída em 1834, a partir de uma cisão no Grande Oriente Lusitano. Com sede em Lisboa, caraterizava-se pela sua linha mais liberal, contrariamente às tendências conservadoras do Grande Oriente Lusitano. A Maçonaria do Sul chegou a contar com cerca de duas dezenas de Lojas, sobretudo na região sul do país. Em 1849, une-se à Maçonaria do Norte para formar a Confederação Maçónica Portuguesa.
1834
- João Carlos Gregório Domingos Vicente Francisco de Saldanha Oliveira e Daun, Marechal Saldanha
1834 – 1835
- José Liberato Freire de Carvalho
1835 – 1836
- José Manuel Inácio da Cunha e Menezes da Gama e Vasconcelos Carneiro de Sousa Portugal e Faro, Conde de Lumiares
1836 – 1839
- Luís Ribeiro Barbas de Sousa Saraiva Castelo Branco
1840 – 1849
- Francisco António de Campos, Visconde de Vila Nova de Foz Côa
- Obediência constituída em 1834, com sede no Porto e dirigida por Manuel da Silva Passos. Caraterizava-se por ter uma linha de atuação mais à esquerda dos maçons liberais, opondo-se ao Grande Oriente Lusitano e à Maçonaria do Sul. A Maçonaria do Norte chegou a ter no seu quadro cerca de duas dezenas de Lojas, localizadas, essencialmente, na região norte do país. Em 1849, une-se à Maçonaria do Sul para formar a Confederação Maçónica Portuguesa.
1834 – 1850
- Manuel da Silva Passos
- Obediência constituída em Lisboa, em 1840, na dependência do Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito para o Reino de Portugal. O seu apogeu situou-se entre 1840 e 1850, com Lojas em Portugal, Angola, Moçambique e em Goa, Índia. Na década de 60, o Grande Oriente do Rito Escocês viu o seu número de Lojas reduzir drasticamente e a sua importância desvanecer. No final da década de 60, iniciam-se as negociações para a unificação entre o Grande Oriente do Rito Escocês e o Grande Oriente Lusitano. Em 2 de março de 1872, o Grande Oriente Lusitano Unido publica um decreto em que é permitida a admissão dos maçons do Grande Oriente do Rito Escocês no GOLU. No entanto, a Obediência só viria a extinguir-se em 1885 com a morte do seu Grão-Mestre, o Visconde de Soares Franco.
1840 – 1856
- José da Silva Carvalho
1856 – 1861
- Rodrigo da Fonseca Magalhães
1861 – 1884
- João Maria Feijó
1884 – 1885
- Francisco Soares Franco
GRANDE ORIENTE de portugal
Grande Oriente de Portugal será o nome adotado pelo Grande Oriente Lusitano, entre os anos de 1849 e 1867. Esta ação é levada a cabo após as conturbadas eleições para Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano, no dia 16 de julho de 1849. Um grupo chefiado por José Rebelo invadiu o local de reunião e impossibilitou a eleição. Em consequência do distúrbio, foi marcada nova reunião para o dia seguinte, em que esse mesmo grupo se proclamou Grande Loja em funções, tendo elegido como presidente Eleutério Francisco Castelo Branco. No ano seguinte, em 30 de novembro de 1850, José Bernardo da Costa Cabral é eleito Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano.
No dia seguinte aos acontecimentos de dia 16 de julho, e em reação aos mesmos, uma outra fação do Grande Oriente Lusitano encabeçada por José Joaquim de Almeida Moura Coutinho promove uma reunião em casa do Conde da Cunha para proceder à eleição de um novo Grão-Mestre. Em 17 de julho de 1849, é eleito Marcelino Máximo de Azevedo e Melo, Visconde de Oliveira. Para se distanciar das confusões dos cabralistas e de José Bernardo da Costa Cabral, é decidida em assembleia a alteração do nome da Obediência de Grande Oriente Lusitano para Grande Oriente de Portugal.
A sua Constituição foi decretada em 17 de julho de 1849 e, em 7 de setembro de 1852, foram assinados os decretos que instauravam os regulamentos gerais e estatutos. A sua sede era em Lisboa, no Bairro Alto, inicialmente na Rua da Rosa, tendo passado, mais tarde, para a Travessa da Queimada. Em 1867, num processo de fusão com a Confederação Maçónica Portuguesa, é constituído o Grande Oriente Português.
1849 – 1853
Marcelino Máximo de Azevedo e Melo, 1º Visconde de Oliveira
1853 – 1861
José Joaquim de Almeida Moura Coutinho
1861 – 1863
Frederico Leão Cabreira de Brito Alvelos Drago Valente (interino)
1861 – 1863
Frederico Leão Cabreira de Brito Alvelos Drago Valente (interino)
1863 – 1867
Caetano Gaspar de Almeida e Noronha Portugal Camões de Albuquerque Moniz e Sousa, 3º Conde de Peniche e 8º Marquês de Angeja
- Grande Loja Provincial do Oriente Irlandês
- A história desta Obediência data de 19 de setembro de 1837, com a instalação da Loja Regeneração, sob os auspícios da Grande Loja de Dublin, Irlanda. Pouco tempo depois, foram fundadas mais Lojas, todas elas com o mesmo nome, Regeneração, mas com numerações diferentes. Em 1842, com quatro Lojas instaladas, é constituída a Grande Loja Provincial de Portugal da Livre e Aceite Maçonaria da Irlanda e a publicação da sua Constituição. Na década de 40, a Grande Loja Provincial do Oriente Irlandês já contava com cinco Lojas, Regeneração n.º 338, n.º 339, n.º 340, n.º 341 e n.º 344. A Obediência caraterizava-se por ter uma linha mais purista e despolitizada, onde a prática ritualística era rigorosa. A sede da Grande Loja Provincial do Oriente Irlandês estava localizada na Rua do Salitre, em Lisboa. Em 23 de março de 1872, é assinado um tratado de junção onde se previa a fusão das várias Lojas Regeneração numa única Loja, a Regeneração Irlandesa, e a sua integração no Grande Oriente Lusitano Unido.
1842 – 1851
- Marcos Pinto Soares Vaz Preto
1851 – 1853
- Joaquim Possidónio Narciso da Silva
1853 – 1871
- Frederico Guilherme da Silva Pereira
1871 – 1872
- Joaquim José Gonçalves de Matos Correa
- Obediência constituída em Lisboa, em 1849, por erosão e enfraquecimento da Maçonaria do Sul, a qual, mais tarde, se juntou a Maçonaria do Norte. Em 26 de dezembro de 1849, é aprovada a sua Constituição, onde se trabalhavam os Ritos Francês ou Moderno, Escocês Antigo e Aceito e Simbólico. A confederação Maçónica Portuguesa registou, ao todo, cerca de cinquenta Lojas por todo o país. A sua sede estava localizada em Lisboa, no Bairro Alto, num edifício de esquina da Rua da Atalaia para a Travessa dos Inglesinhos. Em 1863, uma cisão levou algumas Lojas a fundarem a Federação Maçónica Portuguesa. Em 4 de maio de 1866, a Confederação Maçónica Portuguesa e o Grande Oriente de Portugal começam a redigir os novos estatutos para a fusão sob uma nova designação , o Grande Oriente Português.
1849 – 1851
- João Gualberto de Pina Cabral
1851 – 1852
- Francisco Xavier da Silva Pereira, Conde das Antas
1852 – 1862
- Nuno José Severo de Mendonça Rolim de Moura Barreto, Marquês de Loulé
1853 – 1853
- António Rodrigues Sampaio (interino)
1862
- José Estêvão Coelho de Magalhães
1862 – 1863
- António de Sousa de Meneses (Interino)
1863 – 1864
- Joaquim Tomás Lobo de Ávila, Conde de Valbom
1864 – 1866
- José Joaquim de Abreu Viana (Interino)
1866 – 1867
- José da Silva Mendes Leal
- As bases para a constituição da nova Obediência datam de 1853, com a formação de uma comissão destinada a reformular a Maçonaria portuguesa, encabeçada por Miguel António Dias. O Grande Oriente da Maçonaria Eclética Lusitana foi constituído em 1859 e, em 28 de setembro do ano seguinte, era aprovada a respetiva Constituição. O seu rito primordial era o Rito Eclético Lusitano, rito de caráter nacionalista, com uma forte influência do Rito Francês.
- Pouco tempo após a publicação da sua Constituição de 1860, a atividade maçónica da Obediência é extinta. Em 1875, em Coimbra, há uma tentativa de implantação do Rito Eclético e, em 1876, é reconstituído o Grande Oriente da Maçonaria Eclética Lusitana, sob a direção de Abílio Roque de Sá Barreto. Esta nova experiência seria novamente efémera. Em 1896, a Maçonaria Eclética viria a integrar o Grande Oriente Lusitano Unido.
Governo Provisório 1853 – 1859
Governo Provisório 1859 – 186?
- Miguel António Dias
1875 – 1896
- Abílio Roque de Sá Barreto
- Obediência fundada em Lisboa, em 1863, na sequência de uma dissidência dentro da Confederação Maçónica Portuguesa. Caraterizava-se por ser uma linha ideologicamente mais à esquerda, ligada aos ideais republicanos. Em 3 de dezembro de 1863, é redigida a primeira Constituição da Obediência, a qual, no entanto, apenas viria a ser decretada em 16 de junho de 1865. A Federação tinha a sua sede no Pátio Salema, em Lisboa, e contava com cerca de uma dezena de Lojas. A Federação Maçónica Portuguesa teve, enquanto tal, uma existência curta, unindo-se, em 1869, ao Grande Oriente Português.
1863 – 1869
- José Elias Garcia
- Obediência constituída em Lisboa, no ano de 1864, por cisão interna da Confederação Maçónica Portuguesa. A Confederação Maçónica Progressista de Portugal nasce de um profundo descontentamento com a estrutura altamente politizada da Confederação Maçónica Portuguesa. Por iniciativa das Lojas Futuro e Independência, foi constituída esta nova Obediência mais centrada na área da solidariedade. No seu quadro chegou a contar com cerca de quase uma dezena de Lojas. Apesar das várias tentativas de despolitizar a nova estrutura maçónica, esta continuou a ser palco de várias fações e conflitos políticos. Este cenário fez com que várias Lojas abandonassem a Obediência e, no final de 1865, a Confederação Maçónica já não existia.
1864 – 1865
- Manuel de Jesus Coelho
- Obediência constituída em Lisboa, em 16 de abril de 1867. Resultou da fusão do Grande Oriente de Portugal com a Confederação Maçónica Portuguesa, a que, em 5 de novembro de 1867, se juntou o Supremo Conselho do Grau 33. Uniu-se, em 1869, ao Grande Oriente Lusitano, à Federação Maçónica Portuguesa e a parte do Grande Oriente do Rito Escocês para formar o Grande Oriente Lusitano Unido – Supremo Conselho da Maçonaria Portuguesa.
1867 – 1869
- José da Silva Mendes Leal
GRANDE ORIENTE LUSITANO
Obediência formada em 1860, a partir dos esforços da Loja Tolerância e do Grande Oriente de Portugal, encetados ainda em 1859. A Obediência reivindicava a herança e tradição do Grande Oriente Lusitano, adulteradas pelo cabralismo e pelo Grande Oriente de Portugal. Em 19 de fevereiro de 1860, foi jurada a Constituição e o Ato Adicional que adotava o nome Grande Oriente Lusitano. Caraterizou-se por ser uma das poucas obediências que se mantinha alheia às disputas políticas. Conseguiu desde cedo reforçar as suas relações internacionais, com a assinatura de tratados com diversas Obediências Maçónicas da Europa, América e África. Com o seu crescente prestígio viu várias Lojas espanholas apresentarem pedidos para trabalharem sob os seus auspícios. Neste contexto favorável, o Grande Oriente Lusitano reinicia os contatos para a unificação da Maçonaria portuguesa. Em 17 de agosto de 1869, era redigido o ato de união, intitulado “Ato Adicional à Constituição do Grande Oriente Português de 23 de Fevereiro de 1867, Que Há de Reger interinamente o Grande Oriente Lusitano Unido – Supremo Conselho da Maçonaria Portuguesa, desde 15 de Julho de 1869 a 30 de Junho de 1870”.
Surge, desta forma, em julho de 1869, o Grande Oriente Lusitano Unido – Supremo Conselho da Maçonaria Portuguesa.
João Inácio Francisco de Paula de Noronha,
2º Conde de Paraty
Grande Oriente Lusitano Unido – Supremo Conselho da Maçonaria Portuguesa (1869 a 1979)
João Inácio Francisco de Paula Noronha,
2º Conde de Paraty
1881 – 1884
Miguel Baptista Maciel (interino e definitivo)
1884 – 1886
José Elias Garcia (interino)
1886 – 1887
António Augusto Aguiar
1887 – 1889
José Elias Garcia (interino e definitivo)
1889 – 1895
Carlos Ramiro Coutinho – 1º Visconde de Ouguela
1895 – 1899
Bernardino Luís Machado Guimarães
1899 – 1906
Luís Augusto Ferreira de Castro
1906 – 1907
Francisco Gomes da Silva (interino)
1907 – 1928
Sebastião Magalhães de Lima
1928 – 1929
António Augusto Curson (interino)
1929
António José de Almeida (não tomou posse)
1929 – 1930
Joaquim Maria de Oliveira Simões (interino)
1930 – 1935
José Mendes Ribeiro Norton de Matos
1935 – 1937
Maurício Costa (interino)
1937
Filipe Inês Ferreira (interino)
1937 – 1975
Luís Gonçalves Rebordão (interino e depois definitivo)
Grande Oriente Lusitano (1979 até ao presente)
1975 – 1981
Luís Ernâni Dias Amado (interino e depois definitivo)
1981 – 1984
Armando Adão e Silva
1984 – 1988
José Eduardo Simões Coimbra
1988 – 1990
Raúl da Assunção Pimenta Rêgo
1990 – 1993
Ramón de La Féria
1993 – 1996
João Rosado Correia
1996 – 2002
Eugénio Óscar Filipe de Oliveira
2002 – 2005
António Duarte Arnaut
2005 – 2011
António Fernando Marques Ribeiro Reis
2011 – 2021
Fernando Manuel Lima Valadas Fernandes
2021 até ao presente
Fernando José Correia Cabecinha