Grande Oriente Lusitano - Maçonaria Portuguesa

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Comunicado – Maçonaria e Igreja Católica

Perante a informação oriunda do Dicastério para a Doutrina da Fé de 13 de novembro de 2023,
na qual se reafirma que existe «irreconciliabilidade entre a doutrina católica e a maçonaria»,
o Grande Oriente Lusitano – Maçonaria Portuguesa não pode deixar de lamentar que persista
na hierarquia da Igreja Católica uma visão infundada que não corresponde minimamente à
realidade.
De facto, o Grande Oriente Lusitano – Maçonaria Portuguesa acolheu e acolhe no seu seio não
só importantes figuras da Igreja Católica, mas também simples fiéis católicos que não
encontram qualquer manifestação de antagonismo entre duas instituições que visam, em
muitas áreas da vida, alcançar resultados idênticos, como seja a defesa dos mais
desfavorecidos e a procura de elevados ideais de espiritualidade. Por outro lado, como se
afirma no livro fundador da Maçonaria, compilado pelo pastor presbiteriano James Anderson,
a nossa Ordem permite juntar pessoas «livres e de bons costumes» que, de outra maneira,
estariam perpetuamente afastadas.
Acresce que também os Maçons olharam – e olham – para o Papa Francisco como um defensor
da abertura da Igreja a novas perspetivas e novas manifestações de tolerância, sendo que esta
não deve ser exclusivamente voltada para dentro. Não se percebe, realmente, que uma
instituição que defende desde a sua origem, i. e., desde há mais de 300 anos, os valores da
Fraternidade, da Solidariedade e da Verdade, bem como os princípios da Tolerância e da
Liberdade de Consciência, possa conflituar com qualquer outra que seja integrada por homens
e mulheres de bem aos quais repugnam quaisquer atos contrários à dignidade humana.
Em Portugal, como em todo o Mundo, os Maçons são conhecidos por se esforçarem denodada
e sinceramente para criar pontos de contacto e convergência entre todas as instituições que
prezam a defesa desses valores conaturais à essência do ser humano na sua mais elevada
expressão, pelo que, não querendo imiscuir-se na tomada de decisões de órgãos da Igreja
Católica, o Grande Oriente Lusitano – Maçonaria Portuguesa tem de manifestar, sob pena de
deixar de lado tudo aquilo em que acredita, a sua perplexidade e pesar.

Fernando Cabecinha
Grão-Mestre

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Comunicado – Maçonaria e Igreja Católica

Perante a informação oriunda do Dicastério para a Doutrina da Fé de 13 de novembro de 2023,
na qual se reafirma que existe «irreconciliabilidade entre a doutrina católica e a maçonaria»,
o Grande Oriente Lusitano – Maçonaria Portuguesa não pode deixar de lamentar que persista
na hierarquia da Igreja Católica uma visão infundada que não corresponde minimamente à
realidade.
De facto, o Grande Oriente Lusitano – Maçonaria Portuguesa acolheu e acolhe no seu seio não
só importantes figuras da Igreja Católica, mas também simples fiéis católicos que não
encontram qualquer manifestação de antagonismo entre duas instituições que visam, em
muitas áreas da vida, alcançar resultados idênticos, como seja a defesa dos mais
desfavorecidos e a procura de elevados ideais de espiritualidade. Por outro lado, como se
afirma no livro fundador da Maçonaria, compilado pelo pastor presbiteriano James Anderson,
a nossa Ordem permite juntar pessoas «livres e de bons costumes» que, de outra maneira,
estariam perpetuamente afastadas.
Acresce que também os Maçons olharam – e olham – para o Papa Francisco como um defensor
da abertura da Igreja a novas perspetivas e novas manifestações de tolerância, sendo que esta
não deve ser exclusivamente voltada para dentro. Não se percebe, realmente, que uma
instituição que defende desde a sua origem, i. e., desde há mais de 300 anos, os valores da
Fraternidade, da Solidariedade e da Verdade, bem como os princípios da Tolerância e da
Liberdade de Consciência, possa conflituar com qualquer outra que seja integrada por homens
e mulheres de bem aos quais repugnam quaisquer atos contrários à dignidade humana.
Em Portugal, como em todo o Mundo, os Maçons são conhecidos por se esforçarem denodada
e sinceramente para criar pontos de contacto e convergência entre todas as instituições que
prezam a defesa desses valores conaturais à essência do ser humano na sua mais elevada
expressão, pelo que, não querendo imiscuir-se na tomada de decisões de órgãos da Igreja
Católica, o Grande Oriente Lusitano – Maçonaria Portuguesa tem de manifestar, sob pena de
deixar de lado tudo aquilo em que acredita, a sua perplexidade e pesar.

Fernando Cabecinha
Grão-Mestre